A revista Obstetrics and Gynecology estimou que mais de metade de todas as mulheres grávidas em 1990 tinham sido submetidas a ecografias de diagnóstico, mas pesquisas publicadas no New England Journal of Medicine sugerem que 80 por cento de todas as mulheres grávidas apresentam um risco muito baixo e não necessitam de ultrassons.
Os ultrassons desnecessários custam cerca de US$ 1 bilhão por ano.
Qualquer mulher que souber que precisa de um ultrassom deve perguntar sobre os benefícios potenciais do teste e os riscos do procedimento. Ela deve perguntar se os resultados do ultrassom afetarão os cuidados que de outra forma receberia e como.
Se o resultado do ultrassom não afetar seus cuidados, ela poderá questionar a necessidade do exame. Somente após ser completamente informada sobre a necessidade do exame, os benefícios e os riscos, ela deverá assinar o consentimento para o procedimento.
Usos do ultrassom
De acordo com o folheto de educação do paciente do ACOG, “o ultrassom não é necessário para todas as mulheres ou em todas as gestações”. No entanto, está sendo usado com mais frequência como procedimento padrão para todas as mulheres grávidas.
Alguns usos comuns incluem o diagnóstico e detecção de gravidez uterina ou ectópica, observação de doenças inflamatórias pélvicas, cistos, tumores, câncer uterino, endometriose e anomalias congênitas.
A ultrassonografia pode comparar a idade e o peso fetal, observar a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico presente e diagnosticar certos defeitos congênitos, como defeitos do tubo neural.
O ultrassom é usado durante uma amniocentese para verificar a posição do bebê e ter certeza de que a agulha está colocada corretamente. Alguns médicos usam ultrassom para estimar o peso fetal. Esta não é uma medição muito precisa, a menos que vários critérios e exames sejam verificados.
O perímetro cefálico é uma medida. Porém, no caso de diabetes gestacional, é impreciso porque esses bebês ganham peso adicional apenas no corpo.
Os ultrassons são frequentemente usados para datar gestações. Segundo Otto e Platt, 1991, no primeiro trimestre o intervalo de erro é de +5 dias, no segundo trimestre aumenta para +8 dias e se feito no último trimestre é de +22 dias. [1]
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